segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Jardim das Invenções

Outro dia disse a ele que escrever minhas sensações sobre o livro seria o mesmo que pintar um cachimbo e dizer deste que não é um cachimbo, como fez Magritte.

Aí ele me disse que descrever algo é mesmo difícil, que precisamos inventar objetos...

Fiquei eu pensando nesses objetos pra inventar, objetos que não falassem, mas que inventassem...

Acabei por criar pra mim a idéia de que posso eu ser o objeto inventado, e logo, me inventando, ir inventando diferentes versões das invenções, ir criando espaços pra sentir e sensações pra experimentar, e assim, me descobri dentro do livro!

De repente eu estava na fila do bar, depois junto com Frederico, Gilesberto e Michel quebrando a mesa, dentro da Vera, em ondas de riso, sendo costurada... e aí inventei sensações pra mim, naqueles lugares, me experimentando naquele tempo, e por isso não posso falar de minha sensação lá, porque agora acabo de inventar uma nova, como num desenho de criança, que acontece somente enquanto a linha dança pela folha, e depois de pronto, vira outra história, invenção...

LiLiHack

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